O filme Pro dia nascer feliz, João
Jardim nos mostra algo muito conhecido pelos brasileiros, que a educação no
Brasil vive em um verdadeiro desastre e pior sem nenhuma iniciativa de melhora,
nem por parte dos integrantes da escola (alunos, professores...), nem da
sociedade a volta da escola (pais dos alunos, governantes...). O filme mostra
algo muito interessante, que as dificuldades não são só assistidas em escolas
públicas, por causa das suas super lotações ou falta de verba escolar, mais
também em escolas particulares com a falsa imagem de que tudo está completo e
bem.
No decorrer do filme é possível perceber que os
professores das escolas públicas estão cansados, alguns desanimados por
projetos de melhoras que atingiram muito poucos alunos, porém eles disseram o
porquê do seu desanimo e cansaço, já os professores das escolas particulares,
não dão opinião, parece que vivem em “uma espécie de bolha” como uma das alunas
da própria escola faz questão de dizer, no entanto ela não deixaria de fazer
sua aula de natação para fazer um trabalho comunitário da favela. Os alunos das
escolas públicas não se sentem bem para pedir ajuda aos seus professores, pelo
ao contrario vêem eles como um inimigo que eles fazem questão de faltar com respeito.
Já os alunos das escolas particulares se sentem sufocados por tanta exigência
dos pais e nenhum apoio psicológico.
O filme também aborta outro tema muito polemico que
é o de um aluno sem ter tido nota e muito menos aprendizado suficiente para
passar de ano, ir para um conselho de classe e acabar passando, chega a ser
ridículo como ele se gaba de não ter feito nada em sala de aula e mesmo assim
passado de ano. Esse mesmo aluno porem diz que se não fosse um projeto de
música ao qual ele participa tocando, ele estaria na rua propicio as coisas das
ruas (drogas, marginalidade) e isso nos mostra que os professores tentam
mostrar aos alunos que a escola deve ser vista como uma coisa boa para a sua
adolescência. E estando do outro lado a aluna do Colégio Santa Cruz que teve de
ter aulas particulares para acompanhar as aulas da escola que por sua grande
exigência a reprovaria se não alcance a meta.
A parte mais estratégica do filme foi mostrar uma
verdadeira poeta que estuda no sertão de Pernambuco, ela é a prova de que um
aluno não se faz apenas pela escola que
estuda e sim que mesmo diante das dificuldades, tanto de transporte quanto de
dinheiro, se faz através de um livro que ganhou e descobre um mundo ao qual não
fora apresentando na escola pois os professores acham que todos são desinteressados,
e chegam até mesmo duvidar de suas criações.
O filme serve como um questionamento, ou um ponto
de partida para um belo debate, porém em minha humilde opinião não acho que
isso seja o suficiente para melhorar a educação no Brasil, confesso também que
não sei a solução para esse grande problema que enquanto não for solucionado,
haverá essa separação de escolas, professores e classes.
Video: https://www.youtube.com/watch?v=g5W7mfOvqmU
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